UM MÉDICO, UM REMÉDIO, UM HOSPITAL

A dor incomoda, causa incompreensão, abala as estruturas e atormenta até o último segundo.

Seria a dor um mal necessário, ou o próprio mal a causa da dor?

Considerando que Deus é onipotente, onisciente e onipresente, não há como negar que Ele pode tudo, sabe tudo e está presente em todos os locais, inclusive em cada molécula do nosso corpo físico e perispiritual. Portanto não podemos afirmar que mal realmente existe, porque o mal não pode ocupar o mesmo espaço preenchido por Deus, de outro modo, o mal também estaria em nosso Criador.

A questão requer cautela, mas a resposta é clara: a recusa de enxergar a verdade está associada a ausência de uma visão interpretativa liberta de um misticismo religioso.

Há dois mil anos, Cristo respondia as indagações de Simão Pedro, o amado apóstolo, quanto a forma de se reportar às diversidades morais existente em seu rebanho, explanando de forma serena a seguinte frase:

̶̶ “Eu não vim para os sãos, mas sim para os enfermos”.

Quando Jesus expressou estas palavras Ele fazia uma referência aos doentes da alma, cujos corações haviam se contagiado com um distúrbio moral que animalizava o sentimento humano.

Em nova oportunidade, Cristo alertava a humanidade sobre a necessidade de conter o avanço desta enfermidade maligna, dizendo:

̶ “Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei”.

Numa breve reflexão, podemos afirmar que Cristo havia diagnosticado uma grave doença e prescrevido um santo remédio para cura-la; não obstante, a humanidade continuou a adoecer, não porque o remédio era ineficaz, mas porque não fizeram o seu uso, ignorando completamente o seu poder regenerativo.

Tendo se passado alguns séculos, Jesus volitando ao lado de Ismael, revelava- lhe que o coração da humanidade sofria de uma síndrome moral degenerativa, motivo ela que necessitava de um tratamento intensivo a longo prazo.

Decide então, transferir a Árvore do Evangelho para uma região do novo continente, onde a energia terapêutica de seu solo ajudaria no tratamento de milhões de criaturas infectadas. Era o início de um grandioso projeto; abriam-se naquela oportunidade as portas de um imenso hospital, um centro de referência para reabilitação da alma, cujo nome seria eternamente lembrado nas esferas celestes como BRASIL SEM FRONTEIRAS PARA O AMOR.

Conclusão, o mundo possuía um médico chamado Jesus, tinha um remédio de nome amor e a partir daquele momento passaria a ter um hospital de especialidades morais para tratar todos corações do mundo.

O Brasil um dia deixará de ser este maravilhoso hospital que regenera almas para se tornar uma grande estação de Luz, que canalizará as emanações do mais puro sentimento, formando uma majestosa psicosfera, cujo brilho refletirá a nova condição de um planeta. No entanto, há de se convir que a prioridade ainda é tratar os enfermos desta pandemia; alguns se encontram internados sob intensa terapia de amor, outros aguardam ansiosamente por uma vaga neste Nosocômio Crístico.

A dor é a necessidade do remédio
O mal apenas um sintoma da enfermidade
O amor o lenitivo que liberta o coração
Então jamais julgue as criaturas por suas atitudes, pois hoje, talvez esteja a convalescer, mas ontem delirava entre a paixão e a ilusão.

“Quem dentre vós, nunca tiver errado, atire a primeira pedra”.

Nestas palavras, Jesus não fazia alusão a apenas uma encarnação, mas todas as existências pretéritas, nas quais inúmeras criaturas declinaram diante do orgulho, da vaidade e do egoísmo.

O livre arbítrio encontra-se disponível à todas as criaturas, cabe a elas fazerem a escolha:

“Curar a alma com o Amor ou deixar que a enfermidade a carregue nas amências que a levarão para longe do Paraíso”.

Dr. Bezerra de Menezes (Espírito) Yssao (médium)